sexta-feira, dezembro 27, 2013

Sobe um ar 
gelado na espinha,
a nuca força o olhar pro chão,
parece até 
de propósito,
mas, juro, 
juro mesmo,
que é incontrolável,
e olha que não sou
de jurar e prometer,
mas, o coração bate 
que quase não aguenta,
e...
presunção da minha parte,
me parece que 
sempre 
sempre esteve assim,
esperando,
sem luz.

quarta-feira, dezembro 18, 2013

São apenas coisas
pra se esperar,
e eu espero
muito bem, obrigada,
consigo não me mexer
no enquanto.
Fico apenas ouvindo o leve
virar de pagina,
bater de xicaras na mesa,
voar do lado de dentro
preso no canto esquerdo,
batento violentamente contra o virdo,
veja bem, me sôa violento apenas
por que estou parada olhando.
Eu mesmo não faço barulho,
talvez de coração e
cigarro demais fazendo efeito
na traqueia cheia do ar pesado,
mas, nada que abafe
a mosca violenta, tentando
fugir de um torrão de açucar.
Ela grita de pavor e ninguem
ninguem ouve, o dia de vida
único prestes a acabar,
pro dia seguinte virar,
junto com pó da tarde, lixo.

segunda-feira, dezembro 02, 2013

Do you mind?

A pesquisa foi em vão,
de certo que sem afinco,
mas, a idéia continuou,
...
então
...
um dia alguem disse
que quando se apaixonasse
não conseguiria mais fazer arte
...
e não é!?
O mais estranho,
é estarmos flutuando
no nada e em volta
de uma bola de fogo,
e tenho dito.

segunda-feira, novembro 11, 2013

Então achou que mudaria alguma coisa testada,
aquela que se preparou por anos até que tivesse coragem,
decidiu e ponto, soou como uma coisa bem mais definida,
diferente aos olhos, menos carnal talvez,
mas, percebeu que o escrito estava errado,
que a interpretação dos fatos valeu mais do que
o que, poderia ser chamado de feitos, o que
uma simples receita para deixar seu estomago
mais confortavel a todas as coisas que entram borbulhando,
gases acidos subindo dentro do pescoço,
os ossos esmigalhando de trás do rosto vermelho esquentando,
incontrolável e já se passaram das duas,
todas as coisas que achou que falaria e não.

domingo, outubro 13, 2013

Foi tocando os mesmos sons.

O barulho do ventilador oscilando de leve,
quando entra algum plastico de cigarro,
aquele que sempre acaba voando 
pra algum lugar que a gente nunca acha.

Um suspiro ou outro entre os intervalos
de algum filme plano de fundo qualquer na televisão.

O latidinho do cachorro sonhando a tarde ensolarada,
do domingo cheio de gente, com mesa farta, 
olhinhos fechando cansados, 
de amor e a quase satisfação. 

A luz mudando aos poucos de uma ventania clara
praquelas lampadas de luz amarela,
refletindo na parede branca,
entardecendo a sala junto.

Mais convidativo pra ficar mais,
uma horinha quem sabe...
Até ficar de noite e as luzes parecerem apenas abajures 
de um lugar que deveria ser mais claro. 

A fumaça foi com a exaustão do ar,
passando direto por mim, cheia de sustos com pulos,
fechando um dos olhos de vez em quando,
a visão escurecendo nas bordas,

e esse medo de não ver mais.

segunda-feira, maio 20, 2013

Faithless - City And Colour

Please believe in what I say

Cause i'm running out of ways to convey

This lack of faith in myself

That's becoming my own personal hell


Vicious coldness settles in

And my bones feel like they're breaking through my skin

Well god damn you, you're feeding on my loneliness

What an awful way to live

What a way to live


Get me out of this place

'Cause I'm stuck in a rut and I can't stomach the taste

My lungs are filling up with dust

I feel bruised and broken with no one left to trust


Vicious coldness settles in

And my bones feel like they're breaking through my skin

God damn you, you're feeding on my loneliness

But i will not let you

I won't let you in

segunda-feira, abril 29, 2013

Desculpe a má educação, mas...cê tem que ver que foda-se.

quinta-feira, abril 18, 2013

Descobri que meu limite são três drinks, mas, tem que ser aqueles na taça, pra fingir o glamour da minha própria depressão, convenhamos, fica muito pior tomar drinks em canecas em baixo de um cobertor, mesmo por que, nessa situação o limite teria que diminuir.

quarta-feira, março 27, 2013

saudades

Medo de não ter mais tempo.

Pra fazer o que deveria ser feito,
faz meus olhos arderem,
com lágrimas que não rolam,
mas, mostram que no mínimo
essa água salgada nos olhos,
consigo controlar sem tentar.

Entre aspas tudo isso,
me apropriando do que
já não é meu, e arrisco
que nunca mais será,
a medida que vou lendo,
e ouvindo, vou... só.

Regorgitando coisas dos outros,
idéias dos outros, outros sempre,
esses outros que tem o poder
de me fazer sentir mais
do que eu mesma me faço,
mas, seu também, mais seu.

Você olhando pra mim,
com espanto e amor,
apesar de tudo, a pesar tudo,
que é novo toda vez,
aí lembro das melodias
que saiam de você.

Por mim, tudo por mim,
o medo por mim,
o medo de esquecê-las,
as canto pelos cantos,
todas as noites que
não consigo dormir.

Preciso lembrar de você.

domingo, março 03, 2013

Damn, girl!

Nada com unhas e dentes faz mais sentido.... meu unico, e solitario, amigo.

segunda-feira, fevereiro 18, 2013

douchebag


An individual who has an over-inflated sense of self worth, compounded by a low level of intellegence, behaving ridiculously in front of colleagues with no sense of how moronic he appears. 

O problema que é querem que aconteça  só quando eu não quero ... isso dá pra entender? acho que dá, sempre dá...nada, finjo que não quero um pouco disso, um pouco daquilo, só pra entrar  na brincadeira de quando estou presa  fingir querer me soltar só pra alguém suspirar e dai vira rima, mas,  eu não vou, quem vai?! 

sexta-feira, fevereiro 15, 2013

Tadá

Gosto de assistir trailers de filmes que nunca verei,
só pra imaginar como eu viveria a história, daí,
sempre se tornam um drama romântico de merda,
e no final todo mundo morre, fim.

quinta-feira, fevereiro 14, 2013

I went in

A little hope tonight
It was small
But it was all I needed
A split second when
We both lost control

It wasn't just me

It wasn't just me
We stopped in the street
And you stopped breathing
Your head tilted back
Heart attack

You closed your eyes
And opened your mouth
I went in
When nothing came out
You closed your eyes


Why are you afraid of me?
Afraid to be alone with me?
You know I'll ask
And then you'll crash
Now I know why you're afraid of me

quarta-feira, janeiro 30, 2013

wearing old hoodies

Arde forte na barriga,
dá pra ouvir barulhos,
nervosismo, ansiedade,
tenho calor e frio invertidos,
de tanto, mas, tanto...
medo acho, achado,
não fecho mais os olhos,
no susto deixo-os abertos,
vejo cada detalhe,
por pior que seja, e é,
cada detalhe pior,
roubam coisas de casa,
mas, depois devolvem,
é tipo pegar emprestado,
só que não,
me força a decorar,
todos os objetos de valor,
sentimental barato,
todas as nuances e tons,
pra bater o olho e perceber,
alguma cor faltando,
nunca percebi nada,
nunca decorei nada,
na da verdade,
na da mentira,
decoro nada mesmo,
só acredito.

quinta-feira, janeiro 24, 2013

enfadonho

Toda inspiração corta 

a carne com um soco.

Arde e sangra, fica dolorido 

só por um bom tempo,

Aquele espaço de tempo

da rouxidão dum hematoma,

que, no sadismo,

adoro cutucar pra me ver gritar,

contorcer por dentro até transbordar.

Porque não chega a ser um choro,

não possui a força do chorar,

contrair a barriga e dobrar,

é um preenchimento da dor,

necessidade, que passa na hora.

que vai enchendo enchendo.