sábado, dezembro 06, 2008



E tudo correra bem como combinado, tudo corria extremamente bem com momentos agradáveis mesmo. Pausas para alguns lamentos sob olhares cotidianos com um pouco de falta de controle momentâneo, mas enfim, respirou fundo, fumou mais um cigarro e lágrimas de desezpero rolaram escondidas no lado fora.

Então retornou, encarou a situação e as mãos ficaram tão presas que jurou que nunca se soltariam. Mesmo assim, precisava de sorrisos, era o lugar e a hora para isso, então os deu, e deu também o prazer da companhia, deu a leveza de estar somente ao lado num momento marcante, firmemente estacada como mais uma parte de sua vida.

Por alguns segundos, torceu para que não acontecesse, torceu para que não tivesse de deixá-lo ir, mas, como se não tivesse tempo suficiente para lidar com a idéia, abraçou-o ao pé do ouvido, repetiu todo o acostumado diáriamente, e ao tentar romper a superfície o tempo acabou.

E percebeu, ao virar-se então, que a imagem embaçara, que talvez não conseguisse segurar. O fato de não ter que falar mais nada ajudou outros sorrisos estampados com marcas de tristeza ao fundo. Ao procurar, cruzou olhares duas ou três vezes com um pesar que nunca vira antes.

E era só a primeira noite.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Afundara na poltrona, mais um cigarro, mais um desses, não deixara o vício parar, e se deixasse pararia mesmo, mas, qual seria a graça dos momentos de tédio espalhados então?!

Deu-se conta então, que se dedo apertava automaticamente um botão, uma rotina em outro lugar, água, era o sétimo copo talvez, e mesmo assim sentia as cinzas colando na garganta, era o vício, mais água e não adiantava.


O tempo combinado, com cinco minutos de atraso, ele esperava na porta, ele esperava?
Conseguira materializa-lo assim, ali parado, esperando com mais um daqueles cigarros, olha
va para os lados e os cinco minutos de atraso, cinco, sete, dez, quanto mais agora.

Mesmo assim, mesmo sabendo, continuara se afundando na poltrona usada, curiosamente branca demais com todos os deus minutos de atraso, cinco no mínimo para cada cigarro, HAH, cigarro.


É, o atraso que continuara a carregar, juntamente um lápis, a ponta gasta, a escrita quase ilegível no maço de papéis dobrados, e, inconsciente ou não, escrevendo o presente, o dele, o meu, e, quem diria, o seu também.

sábado, outubro 18, 2008

a pulsação se revela nos olhos,
sem dormir, sem focar,
sem fechar de tão inchados,

a contração forte no peito,
sem deixar contar,
o porque e por que,

prestar atenção piora,
não prestar arrepende,
e molha os ombros,

sem o menor esforço,
e segurando a respiração,
qualquer coisa faz isso

agora qualquer coisa faz,
dá até sono com enjoôs.

quinta-feira, setembro 18, 2008

Não é respeito.


Não é respeito, é reconhecimento 
e um pouquinho de confiabilidade, mas,

falta lembrar-lhe de que está lidando com algo bem mais esperto do que pensa, 
um cavalheirismo tão sobrenatural que a maior parte de mim faz uma reverência, 

sei exatamente quais são os atos que circundam uma realidade nova,  
o momento que todos postergam e sofrem enquanto decidem se é a hora certa, 
  
por que depois da idéia já instalada a única decisão é o momento mesmo,  
uma hora ou outra acontece, com puxões de cabelo ou não,
  
então por que decidir esperar se podemos passar sobre a parte dolorosa,  

deixemos-a então ali, enquanto espera para dar um alegre bom dia, 
totalmente ensaiado entre os horários da agenda cada vez mais ocupada,  

vou tirando aos poucos as neoroticas tentativas de explicação da cabeça 
e me deparo com um mundo tão cinzento que dá vontade de correr,  

onde os cigarros ficarão com um gosto menos convidativo, 
onde os outros gostos não fazem mais diferença nos olhos fechados,
   

minhas duas caras não tem habilidade suficiente
para pensar por dois lados diferentes ao mesmo tempo.
correr rápido, mas tão rápido, que chega a sair do chão,
quando as roupas rasgam e os olhos não conseguem mais abrir,
as lágirmas escorrem pelos cantos cortando a pele,
e arde, e sangra, e venta, e chove, e continue até cair.

quinta-feira, setembro 11, 2008

wow

Sempre se pregunta: por que comigo,
mas, nem percebe quem deixou isso acontecer.

Éééééé, agora parou pra pensar?

Pare antes....mais vezes,
Não deixe tudo pronto pra dar errado.

Por que o mal sempre tem planos melhores do que o bem,
só que ele não dorme a noite.

Resultado?
Baixa resistencia imunológica.

Fim.

segunda-feira, agosto 11, 2008


E todo tédio se tranforma no mais irresistível possível,
sem aguentar mais fazer um monte gordo de nada,
implorando por nenhum estímulo revitalizante,


e os móveis sugando a força vital,

e o corpo afundando levemente,

manufaturando o sono,

viciante.

quarta-feira, junho 18, 2008

é o fim temporada de reabilitação
e estamos de volta a vida,
preparados para sair por aí apenas
dentro dessa cúpula protetora,

placas, grama, sol, nuvem,
e tudo passa tão rápido,
que só sabemos o que é
por que estamos acostumados,

90, 120, 150, e você corre mais,
não olhamos mais pra velocidade,
depois disso não dá pra tirar os olhos
das imagems que a rapidez forma,

de repente eu sinto,
ele olhando pra mim,
e ele estava lá antes,
ele ainda esta lá,
do outro lado do vidro,
bem na minha frente,
gritando e esmurrando,
me chamando pra sair,

eu pulo e saio de você . . . sinto muito.

domingo, maio 18, 2008

Novamente todos os atos circulam ao redor de um acontecimento específico,
regenerando todos aqueles estranhamentos iniciais de cada situação,
e tenho medo de não deixar acontecer tudo isso que talvez devesse,
por que essas coisas são bastante momentâneas, do tipo que se deixar, morre,
e como vou saber se era melhor ou não, como que eu vo saber o "e se",
e a falta de cumplicidade entre o resto do mundo confunde demais,
por que não tem ninguem pra quem eu possa pedir que me abrace forte
quando eu nao sei mais o que fazer..... e eu sinto falta, muita falta.

domingo, maio 11, 2008

Aquela repressão de anos dentro de uma caixinha bem pequena,
com todas as paredes estourando e olhos semi-cerrados pra tentar focar,
vindo a tona tão rápido que os pulmões e os tímpanos explodem.

Sai um som agudo de vez em quando e sobra um baque surdo,
que atordoando por horas aumenta o ódio por situações normais,
e os olhos desviando concientemente deixam a idéia acesa.

E continue sem se dar conta, não pense duas vezes, está tudo bem,
por alguns segundos anteriores de alta cumplicidade incomum,
de repente emudece, sobressaltando a parte que nunca existiu.

Pensamentos inorportunos, nuvens cinzas e um medo de não resistir,
pq realmente era legal, mas tão legal mesmo, que tintilava frenteticamente,
na errônea alternativa de não saber como fazer decorrer sem preocupações.

Fique mais um pouco e vamos conversar de coisas por horas escuras,
embaralhe e fique mais ainda, vendo se tudo isso realmente quer acordar,
de qualquer maneira, depois de pensar tanto sobre, não temos tanta escolha.

Tem algo a perder?

sexta-feira, abril 04, 2008

PATO

reestabelecida no eu,
solto todas as correntes e mudo o que não existia, pra algo que posso fazer melhor sozinha... e adeus ao não esforço de ver como realmente deve ser bem vista... e voe meu bem, voe, por toda programação pré-estabelecida nos dialogos inutilizados... na sua vida iniciante de todos os desgostos que alguem precisa ter pra ser menos... serei uma que te mostra o maior deles, a perda intensa de algo que achou que tinha logo ali... um dia bem longe desse verá, que ser alguem melhor não existe mesmo, não existe o mais... existe o complexo, e o simples, e só... o intermediário só se mostra na mudança... ... estranho é como alguém alheio a minha vida consegue enxergar dramas silenciosos e com apenas algumas palavras impor uma orbigatoriedade de mudar minhas atitudes por apenas ser o que sou, e isso ser o suficiente para.

terça-feira, março 11, 2008

falta sono, vontade, coragem
falta químicos, gritos, risadas
falta alguém pra me acordar de manhã
mas sabe .... esse alguem nem é você

sexta-feira, janeiro 11, 2008


então pode vir,

vem vem veeeeeeeeeeeem,

e grite mas alto,

mais mais maaaais,

uaaaaaaaaaaaaaaaaaah

...

me vê dois ao ponto por favor!