Foi tocando os mesmos sons.
O barulho do ventilador oscilando de leve,
quando entra algum plastico de cigarro,
aquele que sempre acaba voando
pra algum lugar que a gente nunca acha.
Um suspiro ou outro entre os intervalos
de algum filme plano de fundo qualquer na televisão.
O latidinho do cachorro sonhando a tarde ensolarada,
do domingo cheio de gente, com mesa farta,
olhinhos fechando cansados,
de amor e a quase satisfação.
A luz mudando aos poucos de uma ventania clara
praquelas lampadas de luz amarela,
refletindo na parede branca,
entardecendo a sala junto.
Mais convidativo pra ficar mais,
uma horinha quem sabe...
Até ficar de noite e as luzes parecerem apenas abajures
de um lugar que deveria ser mais claro.
A fumaça foi com a exaustão do ar,
passando direto por mim, cheia de sustos com pulos,
fechando um dos olhos de vez em quando,
a visão escurecendo nas bordas,
e esse medo de não ver mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário