sábado, dezembro 06, 2008



E tudo correra bem como combinado, tudo corria extremamente bem com momentos agradáveis mesmo. Pausas para alguns lamentos sob olhares cotidianos com um pouco de falta de controle momentâneo, mas enfim, respirou fundo, fumou mais um cigarro e lágrimas de desezpero rolaram escondidas no lado fora.

Então retornou, encarou a situação e as mãos ficaram tão presas que jurou que nunca se soltariam. Mesmo assim, precisava de sorrisos, era o lugar e a hora para isso, então os deu, e deu também o prazer da companhia, deu a leveza de estar somente ao lado num momento marcante, firmemente estacada como mais uma parte de sua vida.

Por alguns segundos, torceu para que não acontecesse, torceu para que não tivesse de deixá-lo ir, mas, como se não tivesse tempo suficiente para lidar com a idéia, abraçou-o ao pé do ouvido, repetiu todo o acostumado diáriamente, e ao tentar romper a superfície o tempo acabou.

E percebeu, ao virar-se então, que a imagem embaçara, que talvez não conseguisse segurar. O fato de não ter que falar mais nada ajudou outros sorrisos estampados com marcas de tristeza ao fundo. Ao procurar, cruzou olhares duas ou três vezes com um pesar que nunca vira antes.

E era só a primeira noite.