Arde forte na barriga,
dá pra ouvir barulhos,
nervosismo, ansiedade,
tenho calor e frio invertidos,
de tanto, mas, tanto...
medo acho, achado,
não fecho mais os olhos,
no susto deixo-os abertos,
vejo cada detalhe,
por pior que seja, e é,
cada detalhe pior,
roubam coisas de casa,
mas, depois devolvem,
é tipo pegar emprestado,
só que não,
me força a decorar,
todos os objetos de valor,
sentimental barato,
todas as nuances e tons,
pra bater o olho e perceber,
alguma cor faltando,
nunca percebi nada,
nunca decorei nada,
na da verdade,
na da mentira,
decoro nada mesmo,
só acredito.
quarta-feira, janeiro 30, 2013
quinta-feira, janeiro 24, 2013
enfadonho
Toda inspiração corta
a carne com um soco.
Arde e sangra, fica dolorido
só por um bom tempo,
Aquele espaço de tempo
da rouxidão dum hematoma,
que, no sadismo,
adoro cutucar pra me ver gritar,
contorcer por dentro até transbordar.
Porque não chega a ser um choro,
não possui a força do chorar,
contrair a barriga e dobrar,
é um preenchimento da dor,
necessidade, que passa na hora.
que vai enchendo enchendo.
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