quarta-feira, junho 25, 2014

"Todos aqueles que fizeram grandes coisas, fizeram-nas para sair de uma dificuldade, de um beco sem saída"

terça-feira, junho 24, 2014

Vou sentido nos dedos 
por dentro e mais me parece 
o que o frio dá no osso,
mas, acho que é só a falta, 
ou lembrança, 
do peso/apoio,
da janela abrindo,
do teso do olho,
do não querendo,
proporcionalmente
encaixando, nuns dois 
números menor que você,
perfeitamente e comprovado
em comparação no rapido
reflexo do vidro da janela,
pisco que me deu,
no suspiro e semi cerrar
dos olhos, repara só,
a luz que refletia o que
de antes e longe se via,
a esperança que dava,
algum lugar pra segurar,
quando todo resto
não se sentia muito, mais. 



ANGELA CARTER, "The Lady of the House of Love"

"Um conto de Deuses Americanos
Ela mesma é uma casa mal-assombrada.
Não é dona de si própria; seus ancestrais às vezes aparecem e
olham das janelas de seus olhos, e isso é muito assustador. "

segunda-feira, junho 16, 2014

E sentindo de novo que a preocupação é mínima diante dos atos necessários, finjo que esperança ainda existe, passeio despreocupada e atenta pelos lugares que nunca estive e que deveria ter passado antes. Penso que tenho muito o que fazer e os dias passam como os anos que se passaram até agora, com aquela sensação que só se sente a dor depois que o corte começa a sangrar, mas, o corpo está tão quente que só é uma leve ardida no braço que foi arrancado sem perceber. E se para pra pensar muito esses tais de distúrbios mentais, muito comuns nessa nova época da vida do mundo,  afloram, e meus pés não descolam do chão. Meus desenhos foram virando rabiscos empilhados no canto de uma cômoda qualquer, meus fios de cabelos brancos lutando, contra minha ainda juventude, pra sair depressa, minhas memórias ficando longe, longe.