Sobe um ar
gelado na espinha,
a nuca força o olhar pro chão,
parece até
de propósito,
mas, juro,
juro mesmo,
que é incontrolável,
e olha que não sou
de jurar e prometer,
mas, o coração bate
que quase não aguenta,
e...
presunção da minha parte,
me parece que
sempre
sempre esteve assim,
esperando,
sem luz.