terça-feira, novembro 29, 2011
Oh dear!
Não que eu desenhe
corações com seu nome
nos cantos das página.
Não.
Não.
Evito escrevê-lo
...o seu nome.
Quase nunca te chamei
pelo nome,
pelo nome,
quem dirá denominar.
Chamei-o pelo olhar,
Chamei-o pelo olhar,
mas, se você não vê
não tem como invocar
.... sabe?
Aquilo de fazer presente,
contar as horas pra chegar,
e nas horas vagas
citar em seu favor
tudo que adoro falar,
por saber que é seu.
E assim,
suave e melancólico,
te evocar.
suave e melancólico,
te evocar.
segunda-feira, novembro 28, 2011
PSFT
Lembra quando eu levava aquelas revistas de arte pra casa? Aquelas que vinham todas amassadas? Eu folheava no caminho de volta, marcava com uma dobra o canto de cada página que eu achava que você gostaria mais, e depois, mentia que já vieram assim....como se você não soubesse quando estou mentindo.
quarta-feira, novembro 23, 2011
meu benzinho
São coisas à luz de velas,
daquelas bem clichês,
tipo melancolia de samba,
bom dia e boa tarde, boa noite, não,
por que, de noite já não é,
então, só dorme bem,
e deixa essa saudade que me dá,
pra longe de mim, deixa,
que eu desperto suspirando,
antes da música tocar.
quinta-feira, novembro 17, 2011
Tuesday, May 29, 2007
não pense que te quero como casa
lar de vestígio, e dos poemas que rasguei
na minha casa não há espaço pra nada além do que se fez ocupar
não quero-te, bom dia,
café
cama feita.
e não quero-te, raso
pois nos meus versos não cabem mais verbos simplórios
palavra dita, banal.
não digamos nada.
quero-te apenas riso e defeito
brigas e gozo
coração, e o mundo todo dentro de um brilho no olho
que é pra saberes que de ti não espero nada além de apenas ser
apenas sentir,
apenas deixar
que é pra saberes
que ser amor me basta.
lar de vestígio, e dos poemas que rasguei
na minha casa não há espaço pra nada além do que se fez ocupar
não quero-te, bom dia,
café
cama feita.
e não quero-te, raso
pois nos meus versos não cabem mais verbos simplórios
palavra dita, banal.
não digamos nada.
quero-te apenas riso e defeito
brigas e gozo
coração, e o mundo todo dentro de um brilho no olho
que é pra saberes que de ti não espero nada além de apenas ser
apenas sentir,
apenas deixar
que é pra saberes
que ser amor me basta.
quarta-feira, novembro 16, 2011
3
Eu te disse que essas coisas passam rápido.
Fluem normalmente por aí sem nada de errado.
Só parece mais uma página virada e quase nem percebo que virei umas dez.
Depois que passa sempre dá a impressão que pasou rápido demais.
Bem no finzinho da pra ver aquele volume de folhas frente e verso, com a escrita arrastada, notas de canto de página e setas pra todos os lados.
Complementando os espaços já preenchidos.
Aquela necessidade de virar um rascunho pra sentir que é mais real.
A esperança de ter uma arte final....até rima de mau gosto.
Claro que daí vem denovo a mesma ladainha.
Toda magia é muito convidativa, mas, sangrar sempre me atraiu mais.
Saber que de dentro dessas criaturas mágicas verte quente, pulsando, em jatos que chegam longe.... não soa obsceno?!
Mas, é só sangue, tem dentro de você também.
segunda-feira, novembro 14, 2011
domingo, novembro 13, 2011
Fico (re)pensando durante horas quando nem queria pensar, não tem mesmo como
ser nada de mais? Sempre tem essa alguma coisa a perder,
mas, quando se perde tudo já não sobra nada pra apostar, se for alto
então, muito muito menos. Aí vem a derrota de apostar em consignação nas coisas que fogem de um controle que nem sequer existe. Todo inesperado,
achei que até se baseava em algum sofrimento em vão por
falta de integridade moral, hah, agora, esse futuro que poderia, uma
segunda falta de qualquer coisa muito importante com todo o mundo... inclusive comigo, que me
pego mentindo pros cantos das paredes enquanto me convenço do que deveria
ser. Juro, que se eu tivesse um saco, ele daria uma pontada
aguda de chute....agora.
releitura
Então ela abriu devagar a porta e
caminhou até o centro da ante-sala, quer dizer, o que parecia uma
ante-sala. Com o ouvido atento a qualquer um daqueles seus suspiros mais
altos, nem percebeu à direita uma porta entre aberta e à esquerda uma
arandela baixa ao lado de um vaso de flores grande,
sem flores por sinal, mas,
com certeza, não era só um vaso decorativo,
não poderia ser
....bom,
poderia.
Enfim,
caminhou
por um curto corredor e entrou na sala seguinte. Dava pra ver toda a
casa dali, quase nenhuma divisão de ambientes, um aquario enorme no meio com peixinhos brilhantes, um piano ao fundo esquerdo.... não é
preciso dizer que todo os detalhes daquela sala imensa foram totalmente
esquecidos
na hora
em que colocou
os olhos
naqueles...
Então começou,
parecia que já tinha até estado naquele lugar antes, de tanta empolgação,
andou
certeira pra cada gaveta e porta que abria. Demorou um tempo pra
escolher o que queria realmente usar. Então, com a redinha de peixes,
pegou varios por vez e os despejou, ajudando com as mãos, na jarra do
liquidificador que tinha separado junto com alguns outros apetrechos.
Girou o botão para a opção pulsar por um tempo, só pra saber se teriam
consistência a mais por serem vivos
... e, não é que tinham mesmo?!
(pausa para mágica)
Liiiin,
Liiiin,
de súbito
largou o botão,
esfregou os olhos e
finalmente olhou de longe pro que estava fazendo.
Não conseguiu entender muito bem, só sabia
que alguma coisa deveria ser feita.
Agarrou
o liquidificador e saiu correndo para a porta em que tinha entrado,
mas, o fio que ainda estava ligado na tomada prendeu na tampa do aquario
que tombou violentamente no chão explodindo água, peixe e faiscas azuis.
Paralisada, percebeu mais a frente o vaso da ante-sala, nem pensou duas
vezes, jogou o suco de peixinhos lá dentro, deixou o liquidificador no
chão e saiu.
Sabia que talvez voltasse ali denovo,
numa hora mais apropriada
para uma conversa qualquer
com uma estranha qualquer
com uma estranha qualquer
e
falar de alguma coisa que fica sem sal, aquele gosto de comida sem sal,
que a gente nunca sente, mas, quando sente acha que falta algo e acaba
colocando sal, talvez, nem seja sal o que falta e a gente nem saiba o
nome.
...mas, não voltou, por que a casa pegou fogo!
Fico (re)pensando em tudo durante horas quando nem queria pensar em nada, não tem como ser simples, não tem como ser cumplice, não tem como ser nada de mais? Sempre tem essa historia de alguma coisa a perder, mas, quando se perde tudo, já não sobra nada pra apostar, se for alto muito menos hahaha bem alto pra afastar os concorrentes aposteiros então, muito muito menos. Aí vem a derrota de apostar em consignação e as coisas fogem do controle que nem sequer existe, e todo o "futuro" que achou-se que teria, que até se baseava em algum sofrimento em vão por falta de integridade moral, hah, agora, esse futuro que poderia, é uma segunda falta de integridade... com todos... inclusive comigo, que me pego mentindo pros cantos das paredes enquanto me convenço que deveria ser assim mesmo. Juro, que se eu tivesse um saco, ele daria uma pontada aguda de chute....agora.
quarta-feira, novembro 09, 2011
Deveria interpretar essas frases ou apenas entendê-las simples.
Na vaga interpretação, achou significados muito convidativos, mas, se for simplesmente pra acreditar no que é, provavelmente não quereria. Essa coisa de saber o que sentem ou deixam de sentir vinha um tanto complicada, mas, assumiu que procuraria saber o quanto fosse possível, mesmo que atribuisse um ar
de perda
de tempo
a quase tudo
que existiu.
Será que pensam antes?
Será que treinam nos espelhos para saber?
Será que pensam em como pode ser interpretado?
Será que vão acreditar piamente em cada palavra e todos os dentros vão sair pra fora de desgosto... a palavra é essa... e então achou, desgosto....não sabia se tendia a perder o gosto fisicamente ou psicologicamente, mas, com certeza tinha um bocado dos dois
aí dentro da mistura.
Hah!
domingo, novembro 06, 2011
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