quarta-feira, janeiro 25, 2012

Sempre prestes a acabar

já é de manhã de novo

 o futuro ficando mais 

próximo de mim

do que o presente.

terça-feira, janeiro 24, 2012

Um pouco de açúcar,
as mãos começaram a pesar,
cresciam gigantes,
gordinhas e quentes,
os dedos não dobravam,
mover algum musculo,
parecia impossivel,
as palpebras forçaram dormir,
escurecia e embaçava,
1, 2 e 3 inchando sem parar,
turbulências subiam o estomago,
de subto despertava assustada
não conseguia dormir a noite
mas, pelomenos estava toda doce.

segunda-feira, janeiro 23, 2012

8H

Reviramos em todos os dias, horário e lugar marcados. Precedemos aquelas poucas horas, arrumando por miúdo os detalhes. Bom que os gestos que apareciam, não pareceram assim tão planejados. Demos com presteza o olhar e despertamos antes do previsto. Diminuímos a dose homeopáticamente com amor. Foi simples pra parar de doer, agradecemos por faze-lo. Por que a dor passou, sim, do jeito mais bonito que já vi.

quarta-feira, janeiro 18, 2012

há anos

Vem um nó tenso nos ombros
enquanto melodias novas ressoam
no nervosismo que faz bater
em quinas, paredes e portas.

Trombo com o fundo da garganta
respirando com dificuldade,
e cada palavra saindo mais rouca,
louca...pouco.

Volta ao lugar de onde se começa,
esquecendo horários marcados,
jurando tentar saber
por que o agora.

segunda-feira, janeiro 09, 2012

Foi em meados de setembro com a estação mudando,
as flores se abrindo, o verde se espalhando,
o dia esquentando, tudo bem nessa ordem,
com muito detalhe e pouca coisa,
nisso tudo a cor se perdeu com a luz do fim do dia, 
a noite esfriou cinza, pesada e choveu...bonito.

segunda-feira, janeiro 02, 2012

ler muito me deixa assim

Dirigi como se fosse pra outro lugar,

tentamos umas duas vezes,
a escolhida foi a segunda alternativa,
(na verdade apenas por imprevisto que não foi a primeira)

enfim, chegamos em algum lugar bem agradável,
antes do algum outro lugar,
por que não parar?
andar alguns passos na terra
e sentar num muro de pedra qualquer,

rolha, cigarros e luz da lua,
que lua,
que aparecia de vez em quando
em nuvens cinzas e raios no céu,

só ao longe agora,
e nossos pés pendiam do muro alto
pra um pasto recem molhado,

o nublado deu a impressão que
você me dançava para o fim do amor,
indo ao longe em algum lugar escuro,
umido, cheio de sombras e branco difuso,

o fim do que é, simplemente,

e meu coração encheu de esperança
ao simplemente ver que existe o nada,

depois do fim,
o nada,

que simples deixa de ser algo
e passa a ser conjunto de uma coisa bem maior
perde a existencia pontual
fixa o próprio entendimento
em algo que não precisa se perder
ou entender e perceber alguma coisa que possa ser

e de branco sentava numa cadeira branca,
debaixo de um céu branco e uma tenda branca,
olhava de lá como um faraó olha de dentro
de suas vestes brancas pra um deserto seco,

sem perceber que o verde do ar a circulava inteira,
inteira pendendo levemente pro lado verde,
em todos os lados para qual olhava,

minto, minto,

atras de si estava azul,
como uma miragem bordeada de areia bege e marrom,
por que nas miragens, convenhamos,
tem que ter marrom,

(mesmo se for só aquelas fontes que jorram agua pela boca de um menino pequeno)

pelo menos tinha que ser marrom
parece mais molhado e dificil de atravessar.