terça-feira, janeiro 20, 2015

E te veio a certeza de que eu era só pra olhar, só olhar de longe, enquanto eu me remexia em caras e bocas para você, que sentado no pequeno sofá da sala só olhava.  Simplesmente eu podia fazer o que quisesse, mas, preferia ficar ali, também olhando entre os cabelos que me cobriam o rosto de permeio à uma pose ou outra, os cabelos pretos e compridos emaranhando a vontade de esperar fazer o que fosse comigo. Você só olhava e eu fingia que não sabia fazer nada, eu fingia muito bem e você realmente não sabia o que fazer, afinal, duas pessoas submissas não formam nada mais que uma vitrine.

Nenhum comentário: